Eu te garanto: a maioria dos profissionais do digital tem caído em grandes “ciladas” por não ter um advogado os orientando.
Quer um exemplo?
Já pensou você, um digital influencer, faz um trabalho que demandou anos para ser desenvolvido. Posts e mais posts até gerar uma audiência fiel que te escute e goste de você.
O reconhecimento começa a bater em sua porta e, de repente, uma marca, tendo consigo uma mal com alguns bons trocados, te chama para fazer uma parceria top de anúncios.
Coisa mais linda e maravilhosa isso…
Você anuncia, as pessoas que te amam não pensam duas vezes: se é ele quem tá falando, eu topo!
Ai você descobre, após algumas semanas, que o produto possui falhas que geram transtornos em um curto ou médio espaço de tempo em quem o consumiu.
E pior…
Começam a chegar processos e mais processos em sua mesa e você pensa?
Que culpa tenho eu? Eu sou só um anunciante e não dono do produto.
Você então, naquele instante, descobre que vai responder, de forma solidária, com os donos do produto/marca.
Mas isto é possível?
Sim… e já tem casos de Digitais Influencers que foram penalizados por terem anunciados produtos/marcas que geraram transtornos para quem os consumiu.
Alguns tribunais pelo país já tem entendido que o digital influencer no momento em que ele recebe para divulgar uma marca, ele tem responsabilidade sobre aquele produto que anunciou.
Eu sei que você pode achar isso injusto num primeiro momento.
Não temos intenção, aqui, de fazer juízo de valor, mas apenas mostrar a você uma realidade que tem se consolidado.
Pensa bem… O Digital Influencer ele começa um trabalho para exercer o que nas pessoas? Influência.
Ele se beneficia dessa influencia para monetizar em vários sentidos e vertentes possíveis.
O sentimento de confiança da audiência em sua figura é algo benéfico a ele mesmo, certo?
A sua audiência lhe confere, portanto, um certo poder. Um grande poder. E é como dizem os muitos parentes dos diferentes homens aranhas por ai “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”.
Aquele indivíduo que comprou determinado produto, que consumiu determinada marca, só decidiu fazer aquilo porque você disse que era para ele fazer isso.
E não podemos ficar somente com os benefícios nas coisas da vida (simples assim): se as vendas aumentam é porque “sou influente”; mas se algo dá errado é culpa daquele ali que fez e foi por vontade do outro que quis comprar, “não tenho nada haver com isso”.
Bom… você pode achar isso, mas na hora de decidir, olha para a realidade e se proteja, sob pena de de ficar deitado no chão em posição fetal, chorando e abraçado com sua opinião.
Você precisa de orientação de um advogado para proteger-se o máximo possível.
Existem coisas que você deve observar antes sim e , claro, recusar se constatar que aquilo vai te trazer problemas.
Mas existem coisas que você não consegue analisar previamente…
É tipo quando você decide alugar uma casa: chama aquela amiga detalhista, entram na casa, reparam em tudo não enxergam nada de errado. Passa um mês na casa e começa a ver alguns ou muitos defeitos.
Tem situações que, de fato, talvez você não consiga prever.
E é aí que o advogado vai te ajudar a colocar dispositivos contratuais que te protejam.
Isso sem contar a orientação jurídica de cada detalhe da relação que vai ser importante você ter ciência.
Estamos sendo bem enfáticos, pois, na maioria das vezes o digital influencer nem sabe que pode ser responsabilizado.
Os profissionais do Digital muitas vezes me lembram os haters. Acham que porque estão na internet, nada de ruim vai acontecer e não precisam se preocupar em se proteger juridicamente em suas relações.
A maioria cai no erro de ver somente a sinergia com sua audiência e/ou as vantagens econômicas e sociais e decidem anunciar, fazer parcerias, ter relações de trabalho.
É sério isso!
No exemplo que trouxemos hoje, existem sim tribunais que estão entendendo que a partir do momento que o consumidor adquiriu aquele produto sob influência de determinado profissional digital, ele tem responsabilidade por ser pessoa fundamental na tomada de decisão do consumidor.
É preciso receber orientação de uma boa elaboração de contrato sobre as responsabilidades, os deveres e os benefícios de se fazer um contrato eficiente com as marcas que vão anunciar
Busque, portanto, segurança jurídica em toda e qualquer relação profissional que você tiver no digital.
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